Escolhendo um Colchão

Embora pareça uma tarefa simples, comprar um colchão muitas vezes acaba sendo uma das mais difíceis de concluir. Quem já partiu para essa experiência sem nenhum conhecimento ou entendendo muito pouco sobre o assunto, possivelmente sabe do que estamos falando

Dúvidas, insatisfação com o atendimento recebido ou mesmo descontentamento com algum produto adquirido inadequadamente, são as principais queixas apontadas por grande parte das pessoas que acolhemos em nossos canais de venda.

Portanto, é em respeito a essas pessoas e fundamentalmente a todas que estão interessadas em trocar seu colchão, ou mesmo adquirir um pela primeira vez, que a rede Julianeti Colchões resolveu divulgar em seu site, o “passo a passo” a seguir.

Ao partir para a compra

Se você dorme bem em seu atual colchão, prefira adquirir um novo seguindo o mesmo estilo ou padrão.
Se você sente dores, desconfortos corporais ou mesmo já é portador de algum problema ortopédico, procure orientação, pois ou o seu colchão possui algum problema ou é inadequado para o seu dia-a-dia .
Tenha muito bem definida sua preferência: firme, maleável, confortável, etc. e peça que lhe mostrem modelos que se encaixem nesse perfil.
Procure adquirir modelos dos fabricantes que já tenham certificado de garantia.
Se for comprar um colchão em loja física, não tenha vergonha em deitar-se sobre os modelos. Sentar na ponta do colchão somente, não lhe dará a sensação exata de sua textura.
Pillow Top: camada extra de espuma que recobre o colchão. Pode ser única (One Side) ou dupla (Doble Face).
Eurotop/ Europillow: o mesmo que Pillow Top só que integrado ao colchão.
Função principal do Pillow Top ou do Europillow: deixar o colchão mais confortável.
Caso a preferência seja por colchões de espuma, escolha modelos com a densidade compatível com seu peso corporal. No caso de um casal deve-se pedir por modelos com densidade baseada no peso da pessoa mais pesada.
Nunca compre colchões simplesmente por beleza ou preço. Feche negócio somente se sentir plena confiança no vendedor e acima de tudo no produto.
Ao comparar preços, aja corretamente: escolha um ou mais modelos, mas sempre comparando modelos pares entre si. Fazer comparações entre artigos diferentes podem roubar-lhe um tempo precioso e causar confusão.

Ciência e Pesquisa para o Colchão

Não há prova científica de que determinado colchão é o melhor em qualquer situação. A maioria dirá que o colchão perfeito é uma questão de escolha pessoal. O que funciona bem para uma pessoa pode não funcionar para outra.

A ciência pode nos dizer algumas coisas sobre como o seu colchão deve melhorar o sono.

“Quando você deita qualquer parte do corpo por um longo período de tempo, o peso reduz o fluxo de sangue através desses vasos sanguíneos, privando a pele de oxigênio e nutrientes”, diz Michael Decker, Ph.D., R.N., professor associado da Universidade Estadual da Geórgia e porta-voz da Academia Americana de Medicina do Sono. “Isso faz com que as células nervosas e os sensores de dor em sua pele enviem uma mensagem para o cérebro para que você possa virar de lado na cama. Virar restaura o fluxo sanguíneo, mas também interrompe brevemente o seu sono”.

Neste caso, um colchão que reduz os pontos de pressão sobre o seu corpo deve lhe dar uma melhor noite de sono.

Alan Hedge, Ph.D., professor de ergonomia da Universidade de Cornell, observou que o melhor colchão suporta a coluna vertebral em todos os pontos, permitindo-lhe manter a sua curva natural. Aos 40 anos da idade, a pele perde a elasticidade e torna-se mais sensível a pontos de pressão. Como resultado, uma superfície mais macia e “almofadada” pode ser mais confortável. Ela diminui a compressão sobre a pele.
Investigação científica e perícia médica mostraram que pessoas com certas condições médicas parecem dormir melhor em um estilo particular de colchão. Howard Levy, M.D., é professor assistente de ortopedia, medicina física e reabilitação na Universidade de Emory. Ele afirma que qualquer pessoa com dor nas costas ou no pescoço deve usar uma abordagem Goldilocks (da fábula Cachinhos Dourados e os Três Ursos) para comprar colchão: escolher um que não seja nem muito duro, nem muito mole.

“Se você está em um colchão muito mole, vai começar a afundar. Mas, em um muito duro, terá muita pressão sobre o osso do sacro, sobre os ombros, e na parte de trás da cabeça”, diz Levy. “Um colchão de firmeza média, ou um colchão firme com um travesseiro mais suave na parte superior, vão dar à sua coluna o equilíbrio ideal entre apoio e amortecimento.”

Se você tem alergias ou asma, será tentador observar uma cama comercializada como “antialérgena”. Fabricantes de colchão com freqüência afirmam que “seus colchões são antialérgenos ou não permitem o crescimento de ácaros, mas eu não conheço evidências científias para apoiar estas alegações”, diz Paul V. Williams, M.D., professor de pediatria na Escola de Medicina da Universidade de Washington e alergista no Northwest Allergy e Centro de Asma de Washington. Williams diz que ácaros viverão em qualquer lugar onde eles possam encontrar comida. As células mortas da sua pele são um desses lugares. A solução aqui é fácil. Cubra o colchão com uma capa antibacteriana lavável. Ela forma uma barreira para evitar que os ácaros da poeira cheguem até você. A capa do colchão também reduz o crescimento de substâncias que causam alergia.

Seu Colchão no dia a dia

Para quem deseja prolongar o “tempo de vida útil” de seu colchão, aí vão as seguintes dicas:

Faça o seu rodízio a cada 30 dias. Fazer o rodízio do colchão significa mudá-lo de posição sobre a cama: há modelos que só podem ser girados (dos pés para a cabeça e vice-versa) e outros que permitem ser girados e virados, mantendo o mesmo processo.
Nunca permaneça sentado sobre sua borda por tempo demasiado: por exemplo, para assistir a TV. Colchão não deve ser tratado como sofá!
Utilizar um colchão sobre outro, pode danificar ambos os produtos.
Evite levar para cama comida, bebida e objetos pontiagudos que possam comprometer o tecido e a espumação. Caso necessite de uma maior proteção, adquira protetores – há uma infinidade de marcas e modelos disponíveis no mercado.
A grande maioria dos modelos podem ser postos para arejamento ao ar livre. Isso deve ser feito principalmente se o ambiente em que fica o colchão for úmido ou embolorado.

Níveis de conforto

O conforto, a qualidade e a durabilidade são os três principais fatores que fazem um grande colchão. Destes, o conforto deve vir em primeiro lugar. Um colchão resistente e de boa qualidade não terá nenhum valor se não for confortável para você.
Quando se trata de conforto, a questão da firmeza é provavelmente a primeira decisão que você terá de fazer. Ao testar um colchão, se você não puder rolar com facilidade, o colchão é provavelmente macio demais. Se você sente uma pressão excessiva sobre quadris e ombros, o colchão é provavelmente muito firme. Deite de costas e veja se você pode deslizar a mão sob a parte inferior das costas. Se houver um espaço suficiente para que sua mão deslize facilmente, você deve procurar um colchão mais macio.

Especialista do sono Donna L. Arand, Ph.D., diretora clínica do Centro de Distúrbios do Sono Kettering, em Dayton, Ohio.

“Nem sempre a atividade elétrica do cérebro, medida por um eletroencefalograma (EEG), e outros resultados registrados durante um teste de sono combinam perfeitamente com a experiência subjetiva de uma pessoa. Elas podem dizer que tiveram uma ótima noite de sono, mas os parâmetros de EEG não indicarem isso.”

Pense em como você dorme. Embora, aqui, a preferência pessoal seja o mais importante, uma teoria comum é que pessoas que dormem de lado preferem um colchão de firmeza média. Pessoas que preferem dormir de barriga para baixo tendem a preferir um colchão mais firme. Os que dormem de costas ficam em algum lugar no meio dos dois. Infelizmente, dois parceiros nem sempre dormem na mesma posição. Isso faz com que o desafio de encontrar o colchão perfeito seja ainda mais crítico.

Número de molas

O trabalho das molas é distribuir o peso do seu corpo. Quanto menor o número de molas no colchão, mais macio ele será. Quanto mais molas, mais firme ele será. O colchão mais macio contém perto de 150 molas; o mais firme, cerca de 250 molas. Preste atenção nas molas, mas não se iluda pensando que a contagem sozinha é a melhor maneira de comparar colchões. A contagem de molas de um colchão tornou-se menos importante nos últimos anos e, por si só, não é uma boa medida de qualidade ou durabilidade. O tipo de mola e a espessura do aço são indicadores melhores.

Estofamento e preenchimento

Curiosamente, é o preenchimento – e não as molas – que causa a flacidez no colchão. Vale a pena prestar atenção na qualidade do preenchimento e do estofamento. Muitas vezes, o estofamento se danifica antes do colchão começar a desgastar. Além disso, ele determina grande parte do custo do colchão. Custa mais caro produzir essas camadas do que as molas internas e o box combinados. Ao longo dos anos, as molas não mudam de fato. Os fabricantes têm adicionado mais estofamento, algo entre três e oito camadas diferentes.

A forma como os fabricantes costuram o estofado é tão importante quanto o material utilizado. Nos melhores colchões, os fabricantes costuram manualmente cada camada do topo à parte inferior do colchão. Isso evita com que as camadas fiquem inconstantes e que tenham buracos.

Espessura do aço que compõe a mola

A espessura das molas é uma função da espessura do arame que as compõe. Ele ajuda a determinar a firmeza do colchão. Um número mais baixo indica uma mola de fio mais grosso, e esse colchão costuma ser duro e firme. Um número mais alto indica uma mola de fio mais fino. A sensação nesse colchão é mais elástica e macia. Um colchão com 300 molas de fio de 1,5 milímetros de espessura será mais firme do que um colchão com 300 molas de fio de 2,0mm de espessura. Procure por uma espessura entre 1,4 mm (mais firme) a 1,9mm (menos firme).

Disposição das molas

As molas podem estar combinadas de forma interligada ou separada. Colchões com molas interligadas requerem menos molas, uma vez que elas são amarradas e ligadas com arame. Colchões com molas separadas exigem um número maior de molas, uma vez que cada uma deve trabalhar por conta própria para apoiá-lo no colchão. No caso de molas revestidas (pocketed), essas molas são revestidas de pano. Isso isola cada mola, e os especialistas consideram essa a Ferrari dos sistemas de molas. Elas têm melhor contorno e reduzem a quantidade de dobras no colchão quando o seu parceiro se move durante a noite.

ENSACADA

absorve os movimentos do sono

LFK

molas com movimentos independentes

SUPERLASTIC

mola de alto perfil

VERTICOIL

mais molas, mais conforto e suporte para o corpo

Suporte de borda

Colchões de molas internas tendem a ceder primeiro nas bordas e cantos. Procure um colchão com suporte de borda, um recurso que garante que os lados do colchão não irão ceder, de modo que você possa aproveitar ao máximo toda a superfície. Procure por molas pesadas de espessura mais grossa ou que tenham estofamento em torno das bordas, ajudando o colchão a manter o formato.

Os Colchões de Espuma Viscoelástica

As origens dos colchões de espuma viscoelásticas são da década de 1970, quando cientistas desenvolveram um material de absorção de pressão para a NASA. Astronautas usaram a espuma para amortecimento e apoio durante a decolagem. Colchões viscoelásticos são constituídos por uma espuma viscoelástica que sempre volta para a forma original. Isso dá a esse colchão a habilidade de se adequar ao seu corpo e aliviar os pontos de pressão. O material tem a capacidade de se manter firme em temperaturas baixas e ficar mais macio em temperaturas mais elevadas. Ele se molda ao corpo, dando a sensação de “derretimento” na cama.
Na década de 1980, cientistas aperfeiçoaram o material usado em colchões e fabricantes produziram os primeiros colchões para fins medicinais. O feedback positivo de pacientes levou a um interesse mais amplo. Eles falavam que o sono havia ficado melhor e que sentiam menos dor nas costas.

Densidade

A espuma viscoelástica vem em diferentes densidades. Quanto mais baixa for a densidade da espuma, menor será o preço. Lembre-se, você precisa de densidade suficiente para sustentar seu corpo, mas não demais. Por exemplo, uma pessoa mais leve pode não gostar de espuma muito densa, porque ela não permite a sensação de “derretimento” do colchão de espuma viscoelástica. Os padrões da indústria consideram de baixa qualidade qualquer espuma abaixo de 48kg/m3 de densidade, insuficiente para dar o suporte necessário. Os padrões da indústria consideram espumas de maior densidade (80kg/m3 ou mais) como de melhor qualidade.